Pempo de Páscoa
No último dia de aulas fizemos trabalhos manuais, na biblioteca descobrimos quem era " A verdadeira lebre da Páscoa" e com a ajuda da Associação de Pais a lebre deixou ovos de chocolate para todas as crianças da nossa escola!!!
A todos desejamos boas férias de Páscoa, que seja um tempo de divertimento, de festa, alegria e descanso, sem esquecer que também é preciso dedicar algum tempo às tarefas escolares e ajudar lá em casa.
Beijinhos para todos
A verdadeira lebre da Páscoa
A
LEBRE DA PÁSCOA
Era
uma vez um pai lebre e uma mãe lebre que tinham sete filhos. Viviam na sua toca
e por altura da Páscoa começavam a preparar-se para ir esconder os ovos no
jardim das crianças. Mas este ano o pai e a mãe lebre ainda não sabiam qual dos
seus filhos ia ser a lebre de Páscoa que iria levar os ovos. Então a mãe lebre
pegou num cestinho com sete ovos. Sentaram-se numa linda roda e o pai chamou os
seus filhotes:
- Cada um vai pegar num ovo e vai
escondê-lo no jardim daquela casa onde estão muitos meninos.
O filho mais velho foi o primeiro. Pegou num ovo de
ouro, correu pela floresta, atravessou o riacho, saiu da floresta, atravessou o
grande prado e chegou à casa dos meninos. Quis saltar o portão mas deu um salto
tão grande e com tanta força que o ovo caiu ao chão e partiu-se. A lebre voltou
para casa de orelhas baixas. Esta não era a verdadeira lebre da Páscoa.
Agora era a vez do segundo filhote.
Pegou num ovo de prata e correu pela floresta, atravessou o riacho, saiu da
floresta, atravessou o grande prado e enquanto corria uma pega gritou:
-Dá-me
a mim o ovo, dá-me a mim. Eu dou-te uma moeda de prata em troca.
E
antes que a lebre se desse conta a pega levava o ovo para o seu ninho. A lebre
voltou para casa de orelhas baixas. Esta também não era a lebre da Páscoa.
Agora era a vez do terceiro filhote.
Pegou no ovo de Páscoa de chocolate, correu pela floresta, atravessou o riacho
e quando ia a sair da floresta encontrou um esquilo que ao ver o ovo de
chocolate abriu muito os olhos e perguntou:
- É
bom o ovo?
-
Não sei – respondeu a lebre – quero levá-lo aos meninos que estão a brincar no
jardim.
-
Deixa-me provar um bocadinho...
Dizendo
isto o esquilo pegou no ovo e provou um bocadinho e gostou. Depois mais um
bocadinho e, como gostou tanto, comeu mais e mais um bocadinho e deu também um
bocadinho à lebre para provar e acabaram por comer o ovo todo. Quando o
terceiro filho chegou a casa, a mãe viu os seus bigides ainda cheios de
chocolate e soube que esta também não era a verdadeira lebre de Páscoa.
Era
agora a vez do quarto filho. Pegou no ovo malhado, correu pela floresta e
quando ia a atravessar o riacho, saltando de pedra em pedra, viu que conseguia
ver o seu reflexo na água: os olhos, as orelhas, os bigodes, o nariz, as patas
e nisto distraiu-se e o ovo caiu na água e a corrente levou-o. A lebre voltou
para casa de orelhas baixas. Esta também não era a verdadeira lebre da Páscoa.
Agora
era a vez do quinto filhote. Pegou no ovo amarelo, atravessou a floresta e,
antes de alcançar o riacho, uma raposa pediu-lhe o ovo e a lebre não o quis
dar. E a raposa disse:
-
Anda, vem comigo à minha toca mostrar aos meus filhotes este lindo ovo!
E a
lebre lá foi, mas os filhotes da raposa puseram-se a brincar com o ovo até que
o ovo caiu numa pedra e partiu-se. A lebre voltou para casa de orelhas baixas.
Esta também não era a verdadeira lebre da Páscoa.
Agora
era a vez do sexto filhote. Pegou no ovo
vermelho e atravessou a floresta mas no caminho encontrou outra lebre, pousou o
ovo ali perto e puseram-se a lutar. Deram-se grandes patadas até que a outra
lebre se pôs a fugir. O filhote lebre foi então buscar o ovo mas encontrou-o
desfeito em mil pedaços. Esta também não era a verdadeira lebre da Páscoa.
Agora
era a vez do sétimo filhote, o mais novo e o mais pequenino. Pegou no ovo azul
e atravessou a floresta. No caminho encontrou outra lebre mas deixou-a passar e
continuou o seu caminho. Depois veio a raposa mas a lebre fez um par de saltos,
para aqui e para ali e, fintando a raposa, continuoou a correr até chegar ao
riacho. Com leves saltos, saltou de pedra em pedra, e atravessou para o lado de
lá. Depois veio o esquilo mas a lebre continuou a correr e chegou ao prado. E
quando a pega gritou, a lebre, sem parar, disse-lhe apenas:
-
Não posso parar, não posso parar!
E
por fim chegou ao jardim da casa. O portão estava fechado. A lebre deu então um
salto, nem demasiado grande, nem demasiado pequeno, e pôs o ovo no ninho que as
crianças tinham preparado.
Esta
sim, era a verdadeira lebre da Pásoa!
Cestinhos para os ovos de chocolate
velas em forma de ovo (com parafina e restos de lápis de cera)