Entrevista a um produtor de milho

(Avô de um aluno da escola)

Saudação: Bom dia, obrigado por ter vindo à nossa escola.

Apresentação: Somos alunos do 4º ano - turma 22, da E.B.1 Gândara dos Olivais.

Como se chama? Quantos anos tem?

- Eu chamo-me Manuel Marcelino e tenho 68 anos.

- Há quantos anos é agricultor?

- Sou-o desde pequeno.

- Que produtos cultiva?

- Cultivo produtos hortícolas e milho.

- Porque é que cultiva milho?

- Para alimentar os meus animais: galinhas, patos, porcos e uma vaca.

- Quando é que semeia o milho?

- A partir de Abril. Depende, se for de sequeiro é mais cedo, de regadio mais tarde. Pode ser milho de 90 dias ou 120 dias.

- Em que tipo de terreno? Sequeiro ou regadio?

- Semeio em terreno de regadio.

- Como é que prepara a terra?

- Com a ajuda da minha mulher. Lavro e grado com o tractor a terra, mas antigamente era com ajuda dos bois.

- Utiliza semente comprada ou do ano anterior?

- Compro a semente. Até é muito cara, a 5€ o kg. Comprei 2,5 kg o que produz cerca de 1500kg.

- Como semeia o milho?

- Primeiro lavro a terra, depois grado-a para ficar fofinha, a seguir abro os regos, também com o tractor, e só então ponho as sementes uma a uma, tendo o cuidado de as colocar a aproximadamente a 30 centímetros umas das outras, pois se ficarem demasiado bastas (próximas) não crescerão tão bem.

- Como cuida da planta ao longo do seu ciclo de vida?

- Quando o milho nasce, nascem igualmente ervas daninhas à sua volta, que deverão ser retiradas com produtos químicos ou com o sacho. Apesar de dar mais trabalho prefiro o sacho.

- Que tipo de fertilizante utiliza?

- Utilizo apenas uma vez. Antes de lavrar a terra, peço ao dono de uma pecuária para espalhar no meu terreno estrume (fezes) de porco. É um fertelizante natural.

- Quando é que é feita a colheita?

- Depende de quando é semeado, no meu caso é 120 dias depois de semeado, ou seja 4 meses depois. Vou colher o milho esta semana.

- Como é que é feita a descamisada?

- No campo colho as espigas e à noite tiro-lhe as palhas, em casa. Faço-o com a minha mulher.

- Sempre cultivou da mesma maneira?

- Não, antigamente não utilizava máquinas agrícolas, fazíamos mais trabalho manual, recorríamos aos animais. Em criança, depois da escola, ia ajudar os meus pais, até ia descalço.

- Obrigado pelos ensinamentos que nos trouxe.

- De nada. Foi um prazer.

Gândara dos Olivais, 12 de Outubro de 2010 – turma 22 do 4º ano – (Trabalho realizado pelo Daniel Martins)

O passado da nossa localidade

     Os alunos do 3º ano, estão neste momento a estudar o passado da localidade onde vivem. Para isso, surgiu a ideia de convidar algumas "avós" a fazerem uma visita à escola, e partilharem connosco as suas experiências e recordações sobre como as coisas eram há muitos anos...

Desta vez pudémos mesmo dizer:

  -No tempo das nossas avós era assim!...

No passado dia 12 de Janeiro tivemos o prazer de receber na nossa aula algumas avós dos meninos da nossa sala.

Foi muito interessante porque falaram dos seus tempos passados e das tradições dessa altura, mostraram alguns objectos e vestuário que se usava nessa época.

Explicaram também que nesse tempo, as pessoas não podiam fazer certas coisas, que hoje em dia são normais, como por exemplo andar descalço na cidade de Leiria.

Gostámos muito, temos que voltar a repetir...

Miguel Ângelo

Ana Sofia

No dia 12 de Janeiro alguns avós de alguns meninos vieram para a escola. Para nos contar como antes era a Gândara dos Olivais e também contar como antes era Leiria. Eu gostei muito daquilo que elas contaram. Eu até tinha pena delas porque elas andavam descalças e se nós também andássemos descalços magoávamo-nos. Como antes não havia carros eles andavam a pé ou numa carroça. E quando as avozinhas foram embora nós fomos almoçar. E assim acabou a visita dos avós à nossa escola.

Cristina Kharchenko

Eu fiquei surpreendida com os fatos de banho que se usavam antigamente, porque  pareciam roupa de vestir.

 Quando acontecia a festa da Gândara dos Olivais, esta durava 3 dias , Sábado, Domingo  e Segunda - feira .

 Segunda – feira, era considerado dia feriado.

 As pessoas de mais idade gostavam de fazer as suas próprias roupas interiores.

  

Beatriz Costa

No dia 12/01/2011 às 10:30 foram à escola avós dos alunos. A avó do Pedro contou-nos histórias antigas da Gândara dos Olivais. 

Às 10:40 apareceu a avó do Felizardo a contar como era a Gândara dos Olivais antigamente. Depois de lancharmos fomos ouvir a avó do professor Pedro. Eu gostei muito dela porque ela trouxe coisas antigas para nos mostrar. Alguns  alunos não estavam atentos a ouvir as histórias da avó do professor Pedro.
Ela contou-nos coisas interessantes sobre o passado da Gândara dos Olivais. Espero voltar a ver as avós que nos foram contar as histórias antigas.

Francisco Menó

Visita ao Centro de Dia

Todos os anos no dia seis de Janeiro se comemora o Dia de Reis.

Este ano, os alunos e os professores da minha escola foram ao Centro de Dia da Gândara.

O dia estava de chuva, mas nós aproveitámos quando não estava a chover para fazer o caminho a pé. Caminhámos pela estrada molhada, desviámo-nos das poças de lama e apanhámos alguns pingos de chuva. Apesar de ter molhado as minhas calças de treino, foi divertido.

Quando lá chegámos, encontrámos muitos idosos à nossa espera. Alguns eram avós e bisavós de crianças da escola.

Então arrumámos os guarda-chuvas e os casacos e sentámo-nos no chão para ouvir as canções das outras turmas da escola. Até que chegou a nossa vez de cantar a canção as “Janeiras”. Acho que correu bem, embora tivéssemos desafinado um pouco.

Voltámos para a escola felizes porque o dia estava a correr muito bem.

                                                                                 
                                                                          Madalena Leal, 8 anos